Advaitapañcaratnam – Shankaracharya

“Advaita Pañcaratnam é uma bela e curta exposição de Advaita Vedanta. A autoria deste trabalho é controversa. Alguns autores aceitam-no como um trabalho de Sankaracharya enquanto outros consideram-no um trababalho do santo Nrsimhaasrama do século XVI. Quando Swami Chinmayananda listou os trabalhos de Sankara não mencionou este texto. Mas este texto encontra-se em “Complete Works of Sankaracharya” editado por Samata Book House. De qualquer forma, a autoria de qualquer trabalho não é tão importante quanto o seu texto e o seu conteúdo.

Este texto descreve a realidade suprema e também a realidade empírica do jiva individual e do universo. Não é apenas um mero trabalho dirigido unicamente à contemplação mas é também um texto sensato que nos dá uma lógica curta e concisa sobre a realidade suprema.”*

Naaham deho na indriyaani antharango
Naahamkaarah praanavargo na buddhih
Daaraapatya kshetra vittaadi doorah
Sakshi nityah pratyagaatma sivoham

Eu não sou o corpo, não sou os vários orgãos dos sentidos, não sou o ego, não sou o prana, e não sou o intelecto. Sou distinto de esposa, esposo, terras e riquezas. Eu sou a eterna testemunha de tudo voltada para o Atman interior. Eu sou plenitude eterna. [1]

Rajju ajnaanaat bhaathi rajjau yathaa ahih
Svaatmajnaanaat atmani jeevo bhaavah
Aaptoktya ahi braanthi naashe sa rajju
Jeevo naaham deshikoktya sivoham

Devido à falta de conhecimento em relação à corda, uma corda assemelha-se a uma serpente - da mesma forma, devido à falta de conhecimento sobre si-mesmo, o Atman (si-mesmo) assemelha-se à forma do corpo. Eu não sou essa corda como um ser (ignorante) vivo, ilusão que é negada pelos aforismos apropriados ditos por preceptores realizados. Eu sou plenitude eterna. [2]

Aabhaathi idam vishvam atmani asatyam
Satya jnaana aananda rupe vimohaat
Nidramohaat svapnavat tat na satyam
Suddha poornah nitya ekah sivoham

Devido à ilusão, este mundo irreal manifesta-se no pleno Atman semelhante ao verdadeiro conhecimento. Devido à ilusão no estado de sono, aquilo que é visto em sonhos não é (igualmente) verdadeiro. Eu sou puro, completo, eterno e única plenitude eterna. [3]

Naaham jaatho na pravriddho na nasto
Dehasya ukta praakrithaah sarva dharmaah
Kartritvaadi chinmayasya asthi na aham
Kaarasya eva hi atmano me sivoham

Eu não nasci. Eu não envelheço. Eu não sou destruído como várias ações naturais feitas ou ditas pelo corpo. Eu não sou o executante (de nenhuma ação) inspirado pelo puro pensamento. Eu não sou sequer o ego de “Eu” do Atman (Ser). Eu sou plenitude eterna. [4]

Mattho na anyat kinchit atra asthi vishvam
Satyam baahyam vasthu maayopakliptham
Aadarshaanthar bhaasamaanasya thulyam
Mayi advaite bhaathi tasmaat sivoham

Não existe nada neste mundo que seja diferente de mim. Esta é a verdade. Todos os objetos externos são ilusões preparadas por Maya. Esta ilusão é comparável ao que é percebido e visto dentro da mente. No meu estado realizado não-dual, aquilo que é observado – eu sou essa plenitude eterna. [5]

* Introdução de Shri N. Kalyan traduzida do Inglês por Gustavo Cunha para www.YogaVaidika.com. Disponível no original aqui. Transliteração do sânscrito retirada do mesmo documento da autoria de Prof. Balakrishnan Nair.

Translated by Gustavo Cunha from Advaitapañcaratnam, published by Stutimandal;copyright © 2009 Stutimandal. All rights reserved. Website: www.stutimandal.com. This material may not be reproduced in any form or sold without prior written permission by Stutimandal.

Advaitapañcaratnam em devanagari aqui. Imagem de topo retirada de kamakoti.org.

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