Mahabharata: O Maior Épico Indiano

Mahābhārata é o maior, o mais longo e um dos dois mais importantes épicos Sânscritos da Índia antiga, o outro sendo o Rāmāyana. Com mais de 74,000 versos, mais longas passagens em prosa, ou cerca de 1.8 milhões de palavras no total, é um dos mais longos poemas épicos do mundo.

Contém 18 Parvas ou secções, nomeadamente, Adi Parva, Sabha Parva, Vana Parva, Virata Parva, Udyoga Parva, Bhishma Parva, Drona Parva, Karna Parva, Shalya Parva, Sauptika Parva, Stri Parva, Shanti Parva, Anushasana Parva, Asvamedha Parva, Ashramavasika Parva, Mausala Parva, Mahaprasthanika Parva e Svargarohanika Parva. Cada Parva contém muitos sub-Parvas ou sub-secções.

Este livro formidável foi composto por Sri Vyasa (Krishna Dvaipayana) que era o avô dos heróis do épico. Ele ensinou este épico ao seu filho Suka e aos seus discípulos Vaisampayana e outros. O Rei Janamejaya, filho de Parikshit, o neto dos filhos dos heróis do épico, realizaram um grande sacrifício. O épico foi recitado por Vaisampayana a Janamejaya sob o comando de Vyasa. Mais tarde, Suta recitou o Mahābhārata como foi feito por Vaisampayana a Janamejaya, a Saunaka e outros, durante um sacrifício realizado por Saunaka em Naimisaranya, que fica perto de Sitapur em Uttar Pradesh.

É muito interessante lembrar as frases de abertura e fecho deste grandioso épico. Começa com: “Vyasa cantou a inefável grandeza e esplendor do Senhor Vasudeva, que é a fonte e suporte de tudo, que é eterno, imutável, autoluminescente, que mora no interior de todos os seres, e a verdade e a justiça dos Pandavas”. Termina com: “Com os braços erguidos, eu brado com toda a minha voz; mas, infelizmente, ninguém escuta as minhas palavras que poderão dar a Paz Suprema, Felicidade e Plenitude Eterna. Pode-se obter riqueza e todos os objetos de desejo pelo Dharma (justiça). Porquê que as pessoas não praticam o Dharma? Não se deve nunca abandonar o Dharma, mesmo correndo risco de vida. Não se deve renunciar ao Dharma por paixão, medo, cobiça ou mesmo para preservar a sua vida. Este é o Bharata Gayatri. Medita diariamente nisto, ó homem, quando te retiras para dormir e quando te levantas da cama todas as manhãs! Alcançarás tudo. Alcançarás fama, prosperidade, vida longa, plenitude eterna, paz perpétua e imortalidade".

Parva; título; sub-parvas; conteúdo
1) Adi-Parva; 1-19; Introdução, nascimento e educação da princesa.
2) Sabha-Parva; 20-28; Vida na côrte, o jogo dos dados e o exílio dos Pandavas. Maya Danava erige o palácio e côrte (sabha) em Indraprastha.
3) Vana-Parva; 29-44; Os doze anos em exílio na floresta(aranya).
4) Virata-Parva; 45-48; O ano em exílo na côrte de Virata.
5) Udyoga-Parva; 49-59; Preparações para a guerra.
6) Bhishma-Parva; 60-64; Primeira parte da grande batalha, com Bhishma como comandante dos Kauravas.
7) Drona-Parva; 65-72; A batalha continua, com Drona como comandante.
8) Karna-Parva; 73; A batalha de novo, com Karna como comandante.
9) Shalya-Parva; 74-77; Parte final da batalha, com Shalya como comandante.
10) Sauptika-Parva; 78-80; Como Ashvattama e os restantes Kauravas mataram o exército Pandava enquanto dormiam (Sauptika).
11) Stri-Parva; 81-85; Gandhari e as outras mulheres (stri) lamentam os mortos.
12) Shanti-Parva; 86-88; O coroamento de Yudhisthira, e as suas instruções de Bhishma
13) Anusasana-Parva; 89-90; As últimas instruções (anusasana) de Bhishma.
14) Ashvamedhika-Parva; 91-92; A cerimónia real de ashvamedha conduzida por Yudhisthira.
15) Ashramavasika-Parva; 93-95; Dhritarashtra, Gandhari e Kunti partem para um ashram, e finalmente morrem na floresta.
16) Mausala-Parva; 96; A luta entre os Yadavas com bastões (mausala).
17) Mahaprasthanika-Parva; 97; Primeira parte do caminho para a morte (mahaprasthana "grande viagem") de Yudhisthira e os seus irmãos.
18) Svargarohana-Parva; 98; Os Pandavas retornam ao mundo espiritual (svarga).

Retirado de Maha Bharata Online e traduzido por Gustavo Cunha para www.yogavaidika.blogspot.com. Imagem de topo retirada igualmente de www.mahabharataonline.com.

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