Advayataraka Upanishad - Carlos Alberto Tino

A Advayataraka Upanishad (Upanishad do libertador não-dual) é o 53º texto dentre as 108 Upanishads citadas pela Mukti. Ela pertence ao Yajur-veda branco, e procura expor a essência do Raja-Yoga. Foi escrito em forma de prosa e verso, misturados. Abaixo os versos traduzidos para o Português e comentários.

1 – Elegibilidade do Taraka-Yoga
Então, e pelos poderes paranormais do Purusha, nós apresentaremos a exposição daquilo que alcança o asceta, que controlou seus sentidos e é cheio das seis qualidades(*) e outras, explicadas aqui, nesta Advayataraka Upanishd.

(*) As seis qualidades são:1 - Sama, quietude, auto controle da mente; 2- Dama, domínio de sí mesmo, autocontrole; 3 - Uparati, descanso, resignação; 4 - Titiksa, tolerância, alegria; 5 - Samadhana, presteza, decisão; 6-Shradha, fé, fidelidade.

COMENTÁRIO
Aqui, os autores anônimos desta Upanishad farão uma exposição daquilo que o praticante atinge, quando controla os seus sentidos e é cheio das seis qualidades e de outras. Vale destacar que a palavra Taraka significa a Realidade Transcendente, ou seja, o Absoluto Brahman, “puro como a luz branca”, como se lê no item décimo.

2 - Os meios e os fins do Yoga
Sempre compreendendo o significado de “Eu possuo a forma de Chit (Consciência Transpessoal)”, com os seus olhos bem fechados, ou com os seus olhos ligeiramente abertos, enxergando o transcendental Brahman através da introspecção acima do centro das sobrancelhas, e tendo a forma do do efulgente Sat-Chit-Ananda (Ser Eterno-Consciênscia-Bem Aventurança), o praticante torna-se da mesma forma de Taraka (forma da Realidade Transcendental).

COMENTÁRIO
Neste trecho, há uma referência a Sat-Chit-Ananda (Ser Eterno-Consciênscia-Bem Aventurança). Trata-se de uma expressão que tenta designar as propriedades do Ser-Interno, o Atman, idêntico ao Absoluto Brahman. O Atman está em tudo, seres vivos, sendo Ele, idêntico ao Absoluto Brahman. Vale assinalar aqui que o Yoga aceita a existência de Chitta e de Chit. Chitta é a mente pessoal, o Ego, a nossa identidade como indivíduo. Chit é uma “mente” transpessoal, além de Chitta. Chit também é denominada Atman. Vale ressaltar que Atman não é alma individual.

3 – A forma de Taraka
Porque isso permite que a alguém atravesse o grande medo de experienciar o ciclo da existência pré-natal, nascimento, velhice e morte. Isto é da forma de Taraka; tendo percebido aquelas duas (entidades), Jiva e Ishwara são ambos o resultado da ilusão, e desprezando todas as coisas perceptíveis com “não isto, não isto”, o que permanece é Aquele. É o Brahman não-dual.

COMENTÁRIO
No item três, o texto se refere a uma afirmação do famoso sábio vendantino Shankaracharya “não isto”, “não isto”. Esta expressão se refere ao fato do Absoluto Brahman não ser nada daquilo que se possa pensar que Ele seja.Quando o praticante alcança Sat-Chi-Ananda, rompe o ciclo da existência pré-natal, nascimento, velhice e morte. Jiva é a alma individual. Ishwara é uma palavra do Yoga Clássico e significa o Absoluto Brahman. Aqui, não é o caso, os autores anônimos a empregaram em outro sentido.

4 – Como alcançar
Para alcançar este estado, se deve-se ter os três tipos de percepção (Lakshya).

COMENTÁRIO
Aqui, os autores anônimos dizem que para se alcançar Taraka, deve-se ter os três tipos de percepção, que serão descritas em seguida.

5 – Descrição da percepção interna
Existe, no meio do corpo, Sushumna, a Nadi de Brahman, da forma do Sol e do brilho da Lua. Partindo do chackra Muladhara (roda do apoio da raiz), ascende na direção do Brahma-randhra (porta de Brahman) localizado no topo da cabeça. Localizada no seu centro, está a celebrada Kundalini, muito radiante como miríade de flashes luminosos, possuindo delicada forma, tal como o fino talo da flor de lótus. Tendo observado isto através da mente, o homem se liberta de tudo que o prende a este mundo, através da destruição de todos os seus enganos. Assim, o praticante percebe, incessantemente, a totalidade da efulgência do Taraka-yoga, uma radiância na região facial da testa, e assim se torna um Siddha (dotado de poderes), um ser realizado. Um som semelhante a “Phoo” é gerado nos seus dois ouvidos, parando com a introdução da ponta de seus dedos. Quando a mente está harmonizada com aquele estado, percebendo uma radiância azul no espaço entre os olhos, ele alcança, através da introspecção, uma bem-aventurança de extraordinária qualidade. E o mesmo acontece no seu coração. Assim, aquele que procura se
libertar pela prática da Percepção Interna.

COMENTÁRIO
No item 5, o texto se refere à anatomia exotérica do Yoga. Segundo a tradição do Yoga, o ser humano possui três corpos: sthula sharira = corpo grosseiro (corpo físico); sukshma sharira = corpo sutil; karana sharira = corpo causal. Assim como o corpo físico possui uma anatomia, o corpo sutil também possui a sua anatomia. Dessa forma, o corpo sutil é formado pólos seguintes elementos principais:

a) Chacras = rodas ou “centros de força” psicofísicas, cada um delas tendo influências físicas e psíquicas sobre o indivíduo. Existem milhares de chacras. Os principais são os seguintes:
- muladhara chacra = roda do apoio da raiz, localizado no assoalho pélvico;
- svadhistana chacra = roda que se põe de pé por si mesma, localizada pouco acima do umbigo;
- manipura chacra = roda da cidade das jóias, localizado na altura do diafragma;
- anahata chacra = roda do som não tocado (não produzido fisicamente, localizado por trás do coração;
- vishudha chacra = roda pura, localizado na garganta;
- ajña chacra = roda do comando, localizado entre as sobrancelhas;
- sahasrara chacra = roda de mil pétalas, localizado mo topo do crânio.

b) Nadis = canais ou condutos por onde caminham os “pranas” ou “energias vitais” Assim como o sangue caminha nas artérias e veias, alimentando todas as células do corpo físico, os pranas caminham nas nadis para alimentar os seus diversos pontos;

c) Pranas ou “energias vitais”. São de dez tipos: prana propriamente dito, de cor vermelha e localizado no coração; udana, de cor amarela, localizado na garganta; apana,de amarelo como a cólera de Indra, localizado próximo ao ânus; samana, resplandecente como o leite de vaca, localizado próximo ao umbigo; vyana, cor de fogo, localizado em todo o corpo. Estes são os principais. Os secundários, são: naga, localizado na pele e nos ossos. Associado aos atos de espirrar e bocejar; kurma, idem. Associado aos efeitos de arrotar, coçar, abrir os olhos; krkara, ibidem. Associado aos atos de respirar, soluçar, sentir fome; Devadata, ibidem. Associado aos atos de sentir sono e bocejar; dhananjaya, ocupa todo o corpo. Associado ao ato de fitar atentamente.

d) Granthis. A palavra significa “nós” São pequenas curvaturas nas nadis, prejudicando a subida da energia Kundalini. Os principais Granthis são: Vishnu Granthi, Rudra Granthi e Brahma Granthi, todos eles localizados na Nadi Sushumna.

e) Marmans. São pontos de contato entre os corpos físico e sutil. São usados para toques, visando produzir certos efeitos.

f) Kundalini. Energia psicoespiritual, enrolada como uma serpente, localizada no Chacra Muladhara. Segundo a tradição do hinduísmo, ela possui três voltas e meia. O Tantrismo a considera como sendo a personificação do lado feminino do Absoluto Brahman. Um dos seus principais objetivos consiste em erguê-la através da Nadi Sushumna, até alcançar o Chacra Sahasrara, localizada no topo do crânio. Isso seria a união Shiva-Shakti, meta suprema do Tantra.

A expressão “uma radiância na região facial da testa, e assim se torna um Siddha (dotado de poderes), um ser realizado”, se refere ao fato do praticante se tornar um ser dotado de poderes psíquicos, após perceber uma radiância localizada no Chacra Ajña, situado entre as sobrancelhas.

6 – Descrição da percepção externa
E assim, a descrição da percepção externa é a seguinte: aquele que percebe o espaço etéreo de cor azul próximo da cor índigo aparentemente brilhando semelhante a uma onda da cor do vermelho-sangue, mas de fato alaranjada, em frente ao seu nariz, há uma distância de quatro, seis, oito, dez ou doze polegadas de distância, torna-se um Yogin (um adepto). Existem radiações à frente do alcance da visão de uma pessoa, que irradiam dos seus olhos na direção do céu eterno. Percebendo tais raios, o praticante torna-se um Yogin. Ele vê tais cintilações semelhantes a ouro fundido, como se fosse os raios de sol vistos sobre a Terra. Tal visão torna-se fixa. Por ele que vê através de uma distância de doze polegadas de comprimento à frente de sua testa, é alcançada Amrtatva (imortalidade). Onde quer que ele possa estar, verá a radiância do etéreo céu à frente de sua testa, e assim se torna um Yogin.

COMENTÁRIO
Este item descreve a chamada”percepção externa”, muito obscuro.

7 – Descrição da percepção intermediária.
Segue-se agora a descrição da Percepção Intermediária: Ele percebe algo semelhante ao vasto disco solar do amanhecer, resplandecente com variedade de muitas cores, como uma enorme fogueira e semelhante às regiões do meio-etéreo vazias disto. Ele permanece com a forma idêntica à deles. Por vê-los várias vezes, aparece o Akasha (éter) vazio de qualidades; seguindo-se ao transcendental Akasha, semelhante à escuridão palpável trazida pelo esplendor da radiante forma de Taraka; conseqüentemente o grande Akasha brilha como o fogo da desilusão; em seguida, o Tatvakasha (Éter da Veracidade) refulgente e transcendente esplendor que está acima de tudo; ali então, se encontra o Suryakasha brilhando com o esplendor de cem mil sóis. Assim, os cinco Akashas, externa e internamente, tornam-se visíveis à introspecção do Taraka-yogin. Ele que assim percebe, liberta-se dos frutos da ação, e torna-se semelhante ao Akasha. Portanto, a percepção do Taraka torna o praticante, doador do fruto da mente sem desejo.

COMENTÁRIO
Neste item está a descrição da Percepção Intermediária. Aqui há referências ao Akasha, o éter que é brilhante e possui a forma de Traka. Há uma comparação entre o Akasha e Taraka.

8 – Dois aspectos de Taraka
Taraka tem dois tipos: a primeira metade, Taraka, e a segunda, a variedade sem desejo. Aqui está o verso que responde ao seguinte objetivo: conhecer então que aquele Yoga é de dois aspectos, na ordem de prioridade e posteridade; o primeiro deveria ser conhecido como Taraka, e o último, Amanaska (variedade sem desejo).

COMENTÁRIO
O item oitavo é muito obscuro, de interpretação complexa

9 – O prêmio do Taraka-yoga
Sob as pupilas, no interior dos olhos, reflete-se a luz do sol e da lua. A visão, pela pupila dos olhos, dos discos solar e lunar, consiste na visão deles pelo Yogin, após concluir que, como no Macrocosmo (Brahmanda), existe um par correspondente de discos solares e lunares no Akasha do meio da cabeça do Yogin no Microcosmo (Pindanda). Aqui ele deveria também contemplar com uma mente olhando acima dos dois como essencialmente um, como sem tal mente, não há finalidade para o papel dos sentidos. Então, Taraka deveria ser construído como possível somente com a Percepção Interna.

COMENTÁRIO
Aqui, há uma referência à identidade entre o macro e o microcosmo. O macrocosmo é o universo inteiro e o microcosmo, é o corpo do Yogin. Item bastante complexo.

10 – Os dois que devem ser distinguidos como o Corpóreo e o Incorpóreo
Taraka possuem dois aspectos: Murti-taraka (Corpóreo) e Amurti-taraka (incorpóreo). Aquele que culmina com os sentidos é corpóreo; aquele que está além das sobrancelhas é incorpóreo. Em qualquer dos casos, em essência, a prática da meditação é desejável. Com os Tarakas, poderia ser descoberto o que existe acima deles, o Brahman da forma Sat-Cit-Ananda, o qual resulta da introspecção da mente. Então, fica claro que Brahman é puro como luz branca. Brahman torna-se conhecido por meio da introspecção do olho focado pela mente. Assim é a Amurti-taraka (incorpóreo). Ele é apenas percebido com a ajuda da mente, aquele Dhahara e outras similares formas de Akasha tornam-se conhecidas. A percepção da forma, sendo dependente da mente e do olho, externamente e internamente, é apenas pela conjunção do Atman, da mente e dos olhos, que a percepção da forma é alcançada. Portanto, a percepção interna em conjunto com a mente, é essencial para a manifestação de Taraka.

COMENTÁRIO
No item décimo, há uma referência ao poder da meditação e da sua capacidade de levar o praticante a alcançar estágios superiores de consciência. O autor deste texto, não encontrou a tradução da palavra “Dhahara”[1]. Aqui fica claro que os autores anônimos desta Upanishad, dizem que a mente do observador, constrói a realidade externa. Esta afirmação está de acordo com o conhecido problema da medida em Mecânica Quântica, onde o a escolha do observador,“cria” a realidade externa.

11 – A real forma de Taraka-yoga
Focando o olhar intensamente, entre as sobrancelhas, o que se manifesta através disto, aquela irradiação que permanece acima das sobrancelhas é Taraka-yoga. Após provocar a união do Taraka com a mente, com cauteloso esforço, o praticante ergueria sua sobrancelha levemente. Esta é a primeira variedade de Taraka-yoga. A posterior, que é incorpórea, é chamada de Amanaska (sem desejo). Há uma grande irradiação acima da raiz do palato. Isso é algo que vale à pena ser meditado pelos Yogins. A partir daí, flui um poder sobrenatural, tal como Animá e similares.

COMENTÁRIO
Aqui, o autor anônimo desta Upanishad descreve uma técnica que consiste em focar a mente entre as sobrancelhas, no Chacra Ajña. Em conseqüência disso, aparece uma luz muito brilhante e o praticante adquire poderes psíquicos.

12 – O Mudrá de Shambu
No caso das percepções interna e externa, quando ambos os olhos estão entreabertos, isto é o mudrá de Shambu. O lugar onde moram os sábios, que praticam este mudrá, é sagrado. Pelo seus olhares, todos os mundos são santificados. A qualquer pessoa a quem seja dada a oportunidade de adorar estes grandes Yogins, torna-se liberta espiritualmente.

COMENTÁRIO
O item doze faz referência a um mudrá de Shambú ou Shiva. Mudrá aqui se refere a um gesto feito com os olhos, mantidos semicerrados pelos praticantes. De um modo geral, mudrás são gestos feitos com o corpo, com as mãos ou com os olhos, objetivando afetar as energias prânicas do praticante. Pode ser também os grandes brincos usados pelos membros da ordem Kamphata, ou ainda os cereais tostados usados nos rituais sexuais do tantrismo da linha Vama (esquerda). Aqui diz o autor anônimo que os que praticam esse mudrá, santificam os lugares onde estão.

13 – Forma da percepção interna
A radiação brilhante da percepção interna, possui duas formas. Através da instrução comunicada por um grande mestre espiritual, a Percepção Interna assume a forma de uma radiação emanada do Sahasrara Chacra, ou irradiada por Chit, oculta na caverna de Buddhi ou o Turiya-Chaitanya (a quarta consciência) habitando no Sodadhanta(*).
(*)Sodashanta ou Sodas’anta, é onde o Turyia-Chatanya é dito habitar, ou seja, um ponto dezesseis polegadas à frente da testa. A expressão Turiya- Chaytanya significa o Absoluto Brahman.

COMENTÁRIO
Neste item, os autores anônimos desta Upanishad descrevem a Forma da Percepção Interna. Faz referência ao mestre espiritual, o Guru. Diz que a Percepção Interna possui a forma de uma luminosidade emanada pelo Chacra Sahasrara, ou também irradiada por Chit, a Consciência transpessoal. Buddhi é a parte nobre da mente, de Chitta. Aqui há uma impropriedade, pois sendo Chitta a mente pessoal, que contém Buddhi, não pode abrigar Chit, Turiya-Chaitanya. Vale destacar que a palavra mente é usada indistintamente de consciência.

14 e 15 – Descrição de Acharya
Ele é o Acharya, bem-versado nos Vedas, um verdadeiro devoto de Vishnu, destituído de malícia, que conhece Yoga, que tem afeição pelo Yoga,que sempre tem na intimidade do seu ser, o Yoga e é puro; que é cheio de devoção pelo seu mestre espiritual, ele que especialmente conhece o Purusha; ele que possui tais qualidades, é conhecido como Guru.

COMENTÁRIO
Nestes dois itens, os autores anônimos desta Upanishad descrevem as qualidades do verdadeiro Guru. Dentre os vários tipos de mestre espiritual ou Guru, vale destacar o Acharya, um tipo de professor. Aqui é dito que o Acharya descrito é um devoto de Vishnu, o que indica que os autores anônimos eram vaishnavas. Para eles, o verdadeiro Guru é o que tem devoção ao seu mestre, numa clara alusão à uma linhagem de mestres espirituais denominada Sampradaya, onde um ensina ao outro, formando uma cadeia discipular.

16 – A sílaba “Gu” indica escuridão, e a sílaba “Ru” dignifica dispersador.
Por causa da qualidade de dispersador da escuridão, o Guru é assim chamado.

COMENTÁRIO
Neste item, os autores anônimos descrevem a etimologia da palavra “Guru”.

17 – O Guru representa o Brahman Transcendental; o Guru é o supremo objetivo; o Guru é a transcendental sabedoria, e o Guru é o último recurso.

18 – O Guru é o limite final; o Guru é elevada abundância. Pela razão que ele ensina sobre Aquele, está o Guru acima de qualquer coisa.

COMENTÁRIO
Nestes dois itens, os autores anônimos desta Upanishads descrevem as qualidades do Guru. Segundo o hinduísmo, a presença do Guru representa a presença do Absoluto Brahman. O Guru é perfeito, possui uma sabedoria infinita, etc.

19 – Frutos nascidos pelo estudo desta Upanishad
Aquele que lê esta Upanishad apenas uma vez, torna-se liberto do ciclo de nascimentos e mortes. Nesse exato momento, desaparecem todos os enganos cometidos nas suas vidas passadas. Ele alcança todos os desejos do seu coração. Ele alcançou o objetivo e o fim da existência humana. Ele que conhece isto – esta Upanishad.

COMENTÁRIO
Neste último item, os autores anônimos descrevem quais são os resultados obtidos por aquele que lê esta Upanishad, mesmo que por uma vez, apenas. Esse leitor afortunado, após a leitura, torna-se liberto do ciclo de mortes e de renascimentos, desaparecendo todos os erros por ele cometidos em suas vidas anteriores. Ele alcança todos os desejos do seu coração e atinge o objetivo da existência humana. Tudo isso, simplesmente, por conhecer esta Upanishad.

CONCLUSÃO
Para o hinduísmo e o Yoga, pessoa saudável é aquela que alcançou a libertação espiritual, ou seja, aquela que atingiu o estado de Moksha, Mukti, Kaivalya, Apavarga.

Por esta razão, apresentamos esta Advayataraka Upanishad no XIV Congresso Brasileiro de História da Medicina.


BIBLIOGRAFIA
-AYYANGAR, T.R. Srinivasa (Trad.-1952). The Yoga Upanisads. Madras, Vasanta
Press, ps. 2-8.

[1] (nota do editor do site www.yogavaidika.com: literalmente "pequeno", referindo-se a espaço pequeno, ou seja, a Dahara Vidya, a meditação no Ser dentro do espaço pequeno do coração - ver último capítulo da Chandogya Upanishad. Referências: The Concise Oxford Dictionary of World Religions, 1997, http://www.encyclopedia.com/doc/1O101-Daharavidya.html; Lalita Sahasranama, www.astrojyoti.com/ls3-2.htm">dahararupini e Swami Krishnananda, www.dharmicscriptures.org/Chandogya_withEnglish(Krishnananda).pdf).

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Retirado de www.parapsicologia-rj.com.br e republicado em www.YogaVaidika.com com a permissão do autor (Carlos Alberto Tinoco). Imagem de topo propriedade de Himalayan Academy, usada sob licença Creative Commons.

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