Eu não sabia bem o que esperar do Yoga quando comecei. O Yoga do meu imaginário, era povoado por gente esguia que se dobrava sobre si mesma, sempre com uma postura de meio sorriso, de quem está bem consigo, logo, bem com os outros também. Depois de um ano de marasmo, fui experimentar, ladeada de dois bons amigos, e nesse dia percebi que tinha encontrado uma coisa especial.
Passou mais de ano. E a minha mente mudou. Ocorre-me a analogia de uma casa, uma casa depois de obras. A casa é a mesma, mas tudo foi rearranjado, as janelas foram escancaradas, o que já não servia propósito foi despojado, novos recantos foram encontrados, paredes pintadas (as que ficaram de pé, porque muitas foram feitas pó), a relva foi aparada e um pomar foi plantado.
O Yoga é um caminho que fazemos sozinhos, sem nunca estarmos sós.
Ao mesmo tempo que acontecia esta “desintoxicação emocional”, observei o meu corpo a mudar, a resistência a ceder. Senti o respirar como nunca antes, não como ato mecânico mas como propósito, enquanto o Asana ganhava vida no meu corpo. Percebi que mais que uma aula, o Yoga é um caminho. Um caminho que fazemos sozinhos, sem nunca estarmos sós.
Comemoro assim este primeiro ano, com vontade de muitos mais.
Sofia Ferreira é aluna da Formação em Yoga no Centro Vaidika. Os nossos melhores desejos para ela. Om Shanti.
