Zazen - Ricardo Alarcão

A existência do sofrimento é fixada como verdade fulcral para o desenvolvimento da doutrina budista. Esse sofrimento terá como causa a distração e o seu remédio será a prática da meditação. A essa meditação, originária da tradição Hindu, foi aditado o cumprir de oito princípios éticos elementares. Mas esta doutrina é questionada. Por se apresentarem como ditames o que deverá libertar, por parecer por vezes que procuramos desassossegos, e porque se invoca no resolver deste encadeamento a natureza ilusória da realidade. Será a partir destas contradições que se convida à participação num workshop dedicado ao nascimento e mundialização da tradição irreverente e ao mesmo tempo austera do ZaZen. Os desenvolvimentos e paralelismos entre tradições são temas que propomos abordar, ancorados na contemplação da conhecida ilustração de Tokuriki, versando o método ou percurso conducente ao Satori.

Zen não é complicado para quem não tem preferências. (Sosan, terceiro patriarca Zen)

MEDITAÇÃO – Suas origens e desenvolvimentos

1. Introdução
O objetivo geral desta sessão de trabalho será o de determinar quais os mecanismos envolvidos na prática de meditação, e qual o propósito e aplicação deste tipo de conhecimento.

Trata-se de uma atividade normalmente associada ao budismo e ao conceito de Zen, e a intenção específica deste encontro será a de expor o relacionamento deste conhecimento adquirido de forma individual, com ideários e ideologias, ou dogmas e rituais.

2. Definições
Atualmente o budismo atrai alguns segmentos do pensamento ocidental – temos o exemplo do pensador esloveno Slavoj Zizek, (n. 1949)(1) que investiga a articulação entre o budismo e o sistema capitalista ou ainda atitudes de domínio político, onde os adeptos de um ou outro campo do conhecimento se identificam com a transitoriedade e a constatação de que os resultados das ações são sempre uma incógnita. Daí deriva a necessidade de uma atitude mental de desapego em relação às consequências intencionadas.

Podemos também dizer que no ocidente o conceito de meditação se aplica em dois sentidos, a introspeção e a alienação. Contudo, o recolhimento em auto-observação pode resultar numa redução aos aspetos terapêuticos da psicologia e concretamente à investigação científica, ou seja, reduz-se aos aspetos relativistas do pensamento, onde a sequência de causa e efeito predominam.

Mas quando nos afastamos dos aspetos utilitários e mundanos ao meditar, arriscamos no limite a uma diluição de quaisquer objetivos, entre os quais o próprio objetivo da meditação, que é o nirvana. Em certo sentido, este estado de ausência deveria ser considerado como uma forma realista de abordar o objetivo da meditação, e esse realismo tendencialmente transcendental. Eventualmente será uma metodologia próxima daquela exposta por um pensador chamado Pierre Grimes.

No budismo a meditação não se restringe a estas duas atitudes mentais, de investigação e de alienação - a marcha do Kinin em Zazen será também conducente à iluminação, ou Satori. Também assim, a relação entre a meditação e posturas, ou ações sistematizadas, foram propostas pelo próprio Buda (Siddhartha Gautama – considerado como o 9.º avatar de Vixnu). Ressalve-se contudo a sua advertência em relação a dogmas tendentes à fixação de rituais. O percurso a tomar nesta tradição implica que os aspetos essenciais a considerar são comportamentais, decorrentes em grande medida dos preceitos éticos também presentes na prática do Yoga, e em torno do qual se medita em estado de alerta constante, ou como este sábio terá dito: como quem está numa sala com uma única porta, e esta guardada por uma serpente.

Estes preceitos morais no Yoga são referidos como niyamas – asseio, contentamento, moderação, autoconsciência (Svadhyaya) e crença, e os yamas – paz, verdade, contenção ou não roubar, retenção e não cobiçar, e a eliminação da inveja. No budismo serão os oito preceitos conhecidos de visão correta, intenção correta, fala correta, ações corretas, modo de vida correto, esforço correto, atenção correta e concentração correta. A interligação entre os aspetos mentais e as ações pode ser considerada como uma forma de meditação pragmática – mais adiante tentaremos descriminar estes aspetos para nos aproximarmos de uma representação apreensível da prática de meditação.

Decorre desta metodologia que atitudes meditativas podem ter variantes conforme o seu objetivo. Trata-se de etapas em direção ao conhecimento do próprio ser que, idealmente conduz a um saber estar, com o atingir de uma meta única, um imperativo categórico. Acresce que na tradição oriental atingir tal objetivo é visto como o resultado de uma de duas vias possíveis, para atender a essa liberação do condicionamento da existência (samskara no sentido de estrutura causal). Diz-se que pode ocorrer uma realização súbita (akrama mukti como terá sucedido a Ramana Maharishi – 1879/1950), ou que o percurso é gradual (krama mukti). Ou seja, ou meditamos para arrumar a casa ou arrumamos a casa para poder meditar.

3. Historial
A indagação em torno da identidade própria (vichara) pelos vedantinos tais como Ramana Maharishi, tido como um grande expoente de Advaita Vedanta, ou monismo, contraria a acumulação de conhecimentos (episteme) quando trata da meditação.

No oriente, o conjunto de obras que compõem os Vedas – Rig Veda, Sama Veda, Atharva Veda e Yajur Veda – abordam os tópicos que nos ocupam como vias de investigação, designadamente o Conhecimento, a Ação e a Crença, ou Jnaña, Karma e Bhakti Yoga. Ressalve-se contudo que, estabelecer delimitações estanques entre metodologias, a partir de espaços geográficos, facilmente nos conduz a imprecisões. Nos estudos académicos da Grécia antiga haverá paralelismos com estes mesmos tópicos, nomeadamente com Parménides no seu poema Da Natureza ou com Platão e a sua alegoria da caverna exposta na República.

Aquilo que nos impede de fazer paralelismos neste sentido será a continuidade de transmissão de conhecimentos relativamente constante no oriente, e que no ocidente se quebrou, por exemplo com o desmembramento da academia (c. 529) pelo imperador Justiniano. Neste sentido, a credibilidade de quaisquer sistemas de ensino pode ser medida através do crivo da probabilidade e estatística. Isto porque a consistência atribuída aos conceitos depende em grande medida da adesão de discípulos.

A relação entre estes conhecimentos obtidos de forma individual ou através de práticas de grupo ou, de grupos de indivíduos através de tempos e regiões geográficas alargadas, apontam para uma fidelização ao que foi sendo transmitido desde o Vedantismo, através do Budismo até ao conceito de Zen. Por outro lado, a mundialização apresenta o espectro da globalização e por isso importa estabelecer a legitimidade desta disciplina, para que se distinga claramente. Importa por isso conhecer os aspetos originários destas tradições.

O Zazen foi introduzido na Europa em 1967 por Taisen Deshimaru, como complemento cultural da alimentação macrobiótica proposta por Ohsawa. Por essa altura também se disseminou a cultura do Yoga, particularmente do Hatha Yoga, a partir de Inglaterra com B. K. S. Iyengar.

De fato os exemplos de recolhimento em meditação de outras tradições, - seja dos antigos egípcios, de um Hesicasta ou de um Sufi - emulam esta prática. Contudo, a disciplina divulgada através de ensinamentos publicados e acessíveis ao escrutínio público de forma continuada, passando de costume a tradição e tornando-se em verdade consensual, concedem à prática de meditação trazida do oriente uma consistência que a pode escudar de subjetivismos.

Assim também o budismo tem apresentado variações praticadas pelos adeptos das diversas tradições apoiadas por movimentos políticos localmente vigentes. A exemplo disto, apresentam-se as linhagens Theravada (ensinamento dos anciãos, analítico) ou Mahayana (grande veículo, devocional e empírico), e respetivas versões de Vipassana (visão clara dos fenómenos). Estas linhagens apresentam diferenciações subtis em cada uma das práticas. Com estas variações pode ser descortinada a diferenciação entre as estruturas eclesiásticas e uma procura do sentido de ordenamento da realidade percecionada.

4. Métodos
Considerado como o pensador que introduziu a nossa era moderna, autonomizando a sua doutrina em relação à da tradição institucionalizada no ocidente, René Descarte expôs uma ideologia baseada numa forte intuição atingida de forma súbita, e que posteriormente transpôs como um método para atingir o conhecimento, elaborado pela via negativa.

É conhecido o resultado que legou à história, sob a forma de um debate com uma figura imaginada, um génio maligno que inventou e que faz o seu melhor enquanto cético. A utilidade desta metodologia foi exposta numa introdução de um trabalho científico, e ficou atribuída à necessidade de descortinar um fundamento para quaisquer tipos de conhecimentos. Será caso para afirmar que a explicação dos fenómenos será coisa distinta da mera descrição, por muito elaborada que se apresente.

A sua metodologia refere então a forma de utilização do instrumento de conhecimento para atingir uma qualquer verdade, sem que sejam aceites limitações para essa capacidade, e fica a noção de que só não se sabe o que não se quer saber. Esse método, de verificar, analisar, sintetizar e enumerar, salvo traições de tradutor, serão passos semelhantes à concentração de dados, o seu desmantelamento e reunificação, e finalmente ao domínio da matéria investigada. Uma demonstração desse domínio ou identificação com o objeto é constatada pela capacidade de transposição sinóptica para a simbolização.

Veremos como em tradições com historial de maior amplitude, o Yoga e o Zazen, se formam paralelos com estas práticas. De acordo com algumas visões, estaremos próximo de métodos Vedantinos, Socráticos, Cartesianos ou mesmo Hegelianos, no sentido em que se admite da eliminação da ignorância conhecendo a causa primeira.

4.1 Yoga
Na tradição Védica, nomeadamente na compilação dos Yoga Sutra por Patanjali, nos quatro primeiros sutras do terceiro capítulo, são introduzidos de forma sucinta os passos utilizados para a meditação. Estes servem de base para o entendimento de toda a evolução desta prática no oriente.

São referidas a Concentração (Dharana)(2), a Contemplação (Dhyana) – uma atenção continuada ou meditação, e a Absorção (Samadhi) com interesse e com energia nesse objetivo de transformação. O fim da sequência é exposto com o quarto sutra, sinalizando o tema como cerrado a especulações, formando assim o conjunto de etapas (Samyama) que podemos designar de Meditação. Este tratado insere-se em um dos seis ramos da filosofia ortodoxa Hindu (darsanas ou visões), o Yoga, na sua vertente de Raja yoga, aliado também à metodologia dualista Samkhya, cujo significado é enumeração(3).

Para estabelecer o método meditativo (dharana, dhyana e samadhi), o seu Raja Yoga descriminou uma sucessão de práticas preliminares, atendendo primeiramente às atitudes comportamentais e aos preceitos éticos (yamas e niyamas), seguidos do exercitar de aspetos físicos individuais (asana e pranayama) e da retração destas atividades e dos sentidos (pratyahara), formando assim uma prática com oito etapas (Ashtanga yoga), num conjunto de ações preparativas para a eliminação da ignorância (avydia), que por sua vez afirmou ser a causa da desordem e do sofrimento. Outros ensinamentos advogam seis etapas ou invertem a ordem das práticas, mas aqui julgam-se melhor interligados em sequência os elos de raciocínio da proposta de Patanjali.

Estas práticas eram conhecidas de Siddhartha Gautama, o Buda, que as utilizou a partir da tradição de Advaita Vedanta. A diferenciação que este introduziu proveio de uma certa desvalorização da procura do contentamento ou completude (Sat, Chit, Ananda), atribuindo antes importância à eliminação do sofrimento e do desejo e consequentemente das atrações e das aversões (raga e dwesha).

4.2 Budismo
É reconhecido que a subversão do sistema político estaria na base desta versão do objetivo específico de vida a atingir. Atualmente, e com a possibilidade proporcionada pelo próprio protagonista deste pensamento, de poder discordar de quaisquer especulações e dogmas – visto que o instrumento utilizado, a mente, estará sempre aquém do aspeto virtuoso que a criou – poder-se-iam afirmar como sendo facetas distintas de uma mesma verdade.

A perseguição dos defensores desta doutrina com propósitos divergentes dos da classe dominante na Índia originou a travessia desta prática para a China, onde absorveu aspetos da tradição ali existente do método ou caminho do Tao de Lao Tsui.

Esta transição, e no que respeita a absorção da prática de meditação que dá pelo nome de Dhyana Yoga, originou também uma modificação etimológica, passando a ser conhecida como Ch´an. O protagonista que se destaca nesta transição é a figura lendária do 28.º sucessor de Gautama Buda, Bodhidharma.

O seu método algo absurdo de olhar-parede na tradição Mahayanna, será um expediente hábil para possibilitar a abstração dos sentidos e a observação dos pensamentos. A intenção será a de descortinar o observador ou espetador da atividade mental, sem suscitar um motivo de sustentação de processos cognitivos. A exigência envolvida está em sintonia com as circunstâncias de atrito social extremado(4).

4.3 Zen
O budismo foi oficialmente introduzido no Japão em 522, quando o mestre Kakua simplesmente tocou uma única nota na sua flauta numa audiência perante o imperador. Depreende-se que o silêncio em que mergulhou os espetadores quando parou de tocar a nota, como um apagar de uma vela, terá impressionado a audiência.

Com o passar do tempo foi-se diluindo a força impulsionadora destes conhecimentos e foi já no século 12 que mestre Eisai, discípulo do mestre Rinzai, saneou a degradação em que tinha decaído a prática. Os estudos e conhecimentos introduzidos proporcionaram uma prática erudita que se diverte com o sentimento de espanto, por exemplo através de koans.

A tendência para perseguir o despertar súbito que esta escola teve foi contraposta um século mais tarde por mestre Dogen, que iniciou o Soto Zen, uma vertente que cultiva o silêncio para atingir o conhecimento de forma gradativa e paciente(5).

As formas distintas como ambos os métodos procuram o Satori (o saber), equivalente ao Nirvana de Buda, apresentam uma relação com a atividade mental idêntica. Aplicando uma analogia, será tal como com a respiração, com momentos de formação e de dissipação dos pensamentos e ainda com as retenções no interino, ou seja, ausência de pensamentos – o observador em meditação estará consciente destes três estados da sua mente sem se envolver em quaisquer deles.

4.4 Objeto e objetivos
A ilustração dos sentidos destes ensinamentos encontra-se registada na sequência de figuras com origem no Tao, atualmente conhecidas como as dez figuras do ganadeiro. A linguagem pictórica transmite da forma mais adequada um processo que se desenrola no discípulo, e que serve de manual para transmissão dos conhecimentos adquiridos da forma sintética acerca do processo pedagógico em termos universais.

Aplicando estas etapas ao objetivo geral do conhecimento da natureza da realidade, enquanto meta da prática da meditação, descobre-se um processo centrado numa conquista que se pode dizer da mente, figurada no boi. Esta alegoria remete por isso toda a força dos impulsos e compulsões, das paixões, da atração e repulsa pelo perigo e pelo desconhecido, para uma figura que reúne estas caraterísticas. (6)

As primeiras oito figuras tiveram origem na tradição Chinesa, o Tao, e as restantes duas foram adicionadas pela tradição Japonesa, o Zazen. As variações existentes desta descrição do método pedagógico, por exemplo no budismo tibetano, são de pormenor - o boi passa a elefante, ou é introduzida uma mudança de cor deste elemento a dominar.

4.5 A sequência dos sentimentos em Rasa Yoga
As funções da mente dividem-se em termos de atividade gestora de sensações e conhecimentos, mas também de paixões. Estas são geralmente remetidas para a área da irracionalidade ou ausência de sequência lógica. Partindo do princípio que a meditação é usada para obter o conhecimento, podemos aplicar este método para descortinar a razão de ser dos sentimentos. Essa racionalidade ou sequência lógica é o que propõe o Rasa Yoga.

Em Rasa Yoga, surgem oito ou nove paixões, em sucessão lógica, contribuindo com um olhar distanciado para as atitudes, por sua vez conducente a uma prática de meditação adequada. Podemos especular acerca das conexões com o domínio dos sentimentos também expostos na sequência das dez figuras do ganadeiro, em virtude destas captarem aspetos essenciais desse domínio cognitivo. Desde a sensação de perturbação que um elemento novo ou uma dissociação causa, até à sua resolução e absorção num processo de síntese ativa, são percorridas as diversas sensações e paixões descritas nesta metodologia.

Conclusão - A postura do Corpo em Zazen
Com Zazen, para além destes saberes teóricos e práticos, é introduzido o aspeto de disciplina do corpo, com critérios objetivos de avaliação de uma prática correta. Tal implica desde os aspetos mais densos aos mais subtis, ou seja, desde a postura do tronco e membros até à técnica respiratória. A evolução parece ter sido em termos de objetividade na transmissão dos conhecimentos, apesar de que, em essência, perdura a postura fixa e estável para avaliar da capacidade do autodomínio e da respetiva indução, agora como na antiguidade.

Estes três aspetos da meditação, domínio sobre a mente e seus aspetos intelectuais e emocionais, aliado ao controlo dos aspetos físicos são o incentivo e também o objetivo das práticas de meditação, a meio caminho entre o uso do corpo e da mente para atingir esse estado de alerta máximo que o conhecimento permite, e uma sintonia com o próprio ser que permite o domínio sobre os aspetos que representados pelo boi nas dez figuras do ganadeiro que serviram de âncora para este estudo introdutório acerca da meditação.

AS DEZ FIGURAS DO GANADEIRO



1. O personagem vê o conjunto de entidades no mundo como exteriorizadas, algo a controlar.
2. A sensação de separação traduz-se na necessidade de movimentação e busca de resolução, com os instrumentos da vontade e da disciplina.

Nas próximas quatro figuras, estão resumidas as etapas envolvidas com a motivação e força de vontade, ou o domínio cognitivo desses aspetos.

3. O encontro com o elemento correspondente ao modelo do que se pretende dominar faz cessar a busca, passando a servir-se de um instrumento apropriado para a conquista.
4. A medição de forças com o objeto de desejo absorve a totalidade da sua atenção, e a natureza resume-se a esse relacionamento.
5. O domínio do objeto de atenção por imposição indicia ainda a dualidade entre o indivíduo e os seus desejos e aversões.
6. O domínio do objeto de procura por empatia, com a respiração controlada, traduz-se na etapa final de medição de forças com os objetos da mente.

Nas duas figuras seguintes encontra-se a resolução do indivíduo.

7. O desapego do objeto de procura introduz uma estabilização contemplativa no indivíduo.
8. A integração do fato de que todo o objeto pode ser alvo desse desapego introduz o conhecimento de si próprio, sem necessidades ou sentimento de separação do todo.

Nas duas figuras finais, adicionadas às da tradição Tao pelos adeptos do Zazen, encontramos o retorno ao mundano com uma visão compassiva e livre de ansiedade.

9. Nova visão dos aspetos da natureza e circunstâncias sem preferências ou juízos de valor.
10. Retorno à interação em sociedade, para divulgação dessa visão unitária.

5. Fontes e bibliografia
DESHIMARU, Taisen – Verdadeiro Zen
Lisboa: Assírio & Alvim, 2005. ISBN 972 37 0890 6

GIL, Fernando – Mimésis e Negação
Porto: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984. Dep. Legal n.º 6233/84

HEMENWAY, Priya – Eastern Wisdom
Koln: Taschen GmbH, 2006. ISBN-10:3-8228-1668-X

IYENGAR, B. K. S. – Ligth on the Yoga Sutras of Patanjali
Londres: Harper Collins Publishers, 2005. ISBN 81-7223-542-9

MARCHAND, Peter – The Yoga of the Nine Emotions
Vermont: Destiny Books, 2006. ISBN 1-59477-094-8

Consultas de material de formação [em linha] efetuadas em março 2014:

Posturas de meditação [clique]


As dez figuras do ganadeiro [aqui] – Ilustração: Tomikichiro Tokuriki

6. Notas
(1) No passado recente também Arthur Schopenhauer se baseou no pensamento oriental. J. F. Hegel, seu contemporâneo e rival foi comentado por este pensador eclético da atualidade, crítico do budismo, S. Zizek.

(2) Refira-se que em Hatha Yoga se admite da possibilidade de objetivar tanto a representação como a negação (meditação sem objeto), e que ambas servem o propósito de conhecer o observador da atividade.

(3) Mimansa, Vaisheshika e Nyaya são as outras escolas, e as visões heterodoxas do Jainismo ou do Budismo podem ser consideradas como variações de Vedanta.

(4) Efetivamente são também conhecidos os seus ensinamentos de exercícios respiratórios profiláticos e de artes-marciais (Kung fu Shaolin que deu origem ao Karate). É também conhecida a lenda do sacrifício oferecido pelo seu discípulo e sucessor Hui-k'o, que decepou o próprio braço e o ofereceu ao mestre para que lhe fosse permitido ingressar nesta prática.

(5) Conforme testemunha o kesa, ou capa simbólica comparável ao khirqa do sufi.

(6) O simbolismo poderá perder alguma da força comunicativa que tenha tido em sociedades rurais, bastando para colmatar essa lacuna a transposição para um veículo equivalente, com um fator determinante na vida de cada um.

A orientação do encontro é proposta pelo formador Ricardo Alarcão, com curso de instrutor em Hatha Yoga certificado pela Dharmabindu e reconhecida pela Aliança do Yoga, defensor de Advaita Vedanta, praticante de Zazen e instrutor no VAIDIKA - Centro de Yoga.

Workshop Zazen no Youtube
Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=evCk46U_KSs
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=xhU5PpVWxOk

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