Krishna Janmashtami - O Festival do Senhor Krishna

Krishna Janmashtami é uma festividade anual que comemora o nascimento do Senhor Kṛṣṇa, o oitavo avatar de Vishnu (Viṣṇu, em transliteração romana do Sânscrito) que encarnou para manter o Dharma na Terra, circa 3228 a.C. Tornou-se célebre no papel de cocheiro e mentor do príncipe Arjuna, na Bhagavad Gītā (Canção do Senhor"), momentos antes da batalha de Kurukshetra.

O Sânscrito define: A palavra Divindade, Deva (m.) ou Devī (f.), etimologicamente, tem como raiz verbal o termo "div" (brilhar), que origina palavras como "diva" (n.) - dia; "divya" (adj.) - esplêndido e "daiva" (adj.) - celestial, entre outras, influenciando o Grego "dios" - divino; e o Latim "deivos" - deus.

No Hinduísmo (Sanātana Dharma): Considera-se que as divindades - sendo Kṛṣṇa aqui exemplo, com essa Luz própria, única e capaz de brilhar por si mesma (i.e., auto-efulgente), de forma admirável e, ao mesmo tempo, misteriosa, tal como um Sol ou como as estrelas que vemos à noite - existem no interior profundo humano, e, ao nosso redor; sendo que, para achar essa Chispa Divina, descobrir a Mestria Interior ou escutar a Voz Silenciosa da Testemunha que nos acompanha sempre, podemos criar uma relação com essa Consciência que emana energia e vibração em forma de Amor Incondicional, Liberdade Plena e Compaixão Ilimitada. A essa relação dá-se o nome de Bhakti [Yoga].


O Vedanta esclarece: As divindades são tidas como pontos de Luz conducentes a bom porto, através das agruras da vida, exatamente da mesma forma que os faróis guiam os barcos em segurança através das turbulências e baixios dos mares e rios. Mais ainda, são consideradas, as divindades, portadoras do Saber Último, mestres da Visão Transcendente e dadoras da Revelação e da Graça no despertar espiritual do buscador(a) de autoconhecimento. São, por isso, utilizadas como foco para mantra e meditação - fazendo nascer o papel de devoto(a) no indivíduo, falado nas Upanishads.

O Advaita especifica: Essas divindades procuradas em Céus, no Paraíso, nos templos e, ainda, nas Escrituras sagradas nada mais são do que o Eu real, quem Eu, verdadeira e profundamente, Sou: "Aham Brahmasmi", Eu sou Brahman (o Pleno).

Por Gustavo Cunha, diretor do Centro Vaidika.

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